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Amor em Declínio- XIV Capítulo

XIV Capítulo


“Impressão sua, Renato! Adorei! 
Quer saber? Não vou mentir pra você... gostei muito da noite mas ela teria sido melhor se você não tivesse tentado me evitar para a sua família. O que você pensa de mim? Sente vergonha? Qual o seu problema?”

Liz respondeu para Renato sua mensagem mas esperou a noite toda por um retorno, porém isso não aconteceu. O que a deixou totalmente frustrada e com insônia.

Acordou cedo para ir à escola e todos perceberam suas olheiras, mas Liz evitou conversas e satisfações, partiu imediatamente para mais um dia cheio.

Chegando na escola, deparou-se com Renato e o tratou com indiferença. O moço rapidamente tentou descobrir o que estava acontecendo. A puxou pelo braço e questionou:
- Vai ficar assim comigo? O que está acontecendo Liz?

- Pegue seu celular! Talvez haja alguma mensagem minha por lá! Impôs Liz.

- Aaaaaah sim! Me perdoe! Fui privado do meu celular logo após que te mandei mensagem pelos meus pais. Não estamos vivendo uma boa fase, me perdoe Liz! Explicou e suplicou Renato.

- Óh céus! Eu não sabia... acho que agora eu que lhe devo desculpas por ser tão insensível. Quer compartilhar? Disse Liz.

- Tudo bem! Melhor irmos para a aula. Cortou Renato.

Então ambos foram para a aula mas Liz continuava inquieta. Não Conseguia entender o que se passava com esse rapaz e o pior, sua falta de confiança na mesma era o que mais a afrigia.

No final do turno, já cheia de informações, Liz deu de cara com Marcos e Renato no portão da saída. Conversavam intimamente e a olhavam cabulosamente.

O coração de Liz insistia em sair pela boca.

Continua...

Amor em Declínio - XIII Capítulo

XIII Capítulo



Ajoelhou-se! Sim, Ela conseguiu! Deixou seu coração falar por si, estava um tanto intimidada ao ouvir tantas pessoas clamarem ao mesmo tempo, não sabia como proceder e ao quê dá atenção, até que sentiu as mãos do Renato sobre as suas, e incrivelmente seu coração começou a falar:

- Senhor, obrigada pelo Teu anjo aqui na terra para me orientar e me aliviar de tantas dores, que ele não seja um amor em declínio, este que eu sinto por meus familiares mas que não sei administrar, não consigo confiar nem sentir segurança. Desvenda meus olhos para a realidade e que eu saiba fazer tudo conforme tua maneira. Obrigada, Pai!

Era sua primeira oração, Liz  nunca tinha feito isso antes e se sentia inferior aos demais fiéis, que demoravam tanto tempo ajoelhados e orando com fevor. Mas além disso, a sensação de que tinha mais alguém por ela era muito superior. Liz sentia-se apoiada e feliz com sua nova amizade, Jesus Cristo.

Encerrando aquele momento, Liz conheceu alguns amigos de Renato, que por sinal, a acolheram muito bem, mas logo pediu para que o mesmo a levasse para casa com receios de que o Marcos pudesse fazer algo por vingança à sua saída com sua família. O que fez Renato questioná-la:

- Você não gostou da noite, Liz? Porque a pressa?

- Não foi isso, Renato. Eu simplesmente amei! Mas não posso demorar, você viu o quanto meu padrasto é exigente, não admitiria chegar tão tarde. Respondeu Liz.

- Claro!E por falar nele... algo naquele homem me intriga. Acho que ele não gostou de mim. O que você acha? Retrucou Renato.

- Ele é assim com todo mundo. Tire isso da sua cabeça! Falou Liz desconfiada sem muitos argumentos.

E assim seguiram para a casa de Liz quando se depararam no caminho com os familiares do Renato que voltavam de alguma programação de final de semana. Sorridentes, conheceram Liz e a acharam muito bonita. Mas logo Renato se despediu-se tentando evitar a duração deste encontro.

Liz percebeu a indiferença do rapaz mas achou melhor guardar para si, não queria finalizar a noite com um mal estar. Despediram-se com abraços e beijos um tanto frios da parte de Liz e assim findou-se a noite.

A menina entrou em sua casa desnorteada, mal cumprimentou seus avós que ainda a aguardavam na sala sonolentos. Correu para seu quarto tirar toda aquela roupa e questionar-se o que tinha de errado para que nada acontecesse de forma agradável em sua vida.
Procurava então seu mais novo amigo em seu pensamento para desabafar:

- Eu lhe conheci numa noite não muito propicia, na verdade, nenhum momento agora é! O que será que eu tenho para que nada dê certo em minha vida?
Até que chegou uma mensagem no seu celular:

“Senti que você não se agradou muito da nossa primeira noite. Me desculpe, Liz!”

-Será que devo responder? E agora, Senhor? Questionava-se Liz.
Continua...

Amor em Declínio- XII Capítulo

XII Capítulo



Então Liz começou a correr, se preocupava agora no que iria vestir, que sapato iria usar e como usaria seu cabelo. Caprichou usando o batom que tinha achado no quarto da sua mãe e por um momento esqueceu de tudo o que estava passando para pensar exclusivamente na impressão que iria passar para seu amado. Sim, Liz estava declaradamente apaixonada. Renato ainda não podia ocupar toda a parte de seus pensamentos, mas quando isso acontecia, era o melhor deles, não dividia com mais nenhum... isso sim, a fazia descobrir o que era de fato o amor.

Estando quase pronta, Liz ouviu quando Renato tinha chegado e conversava com sua família enquanto a mesma ainda finalizava. Então surgiu a preocupação, pois não queria que Renato tivesse contato com o temido Marcos. Liz passou seu perfume preferido apressadamente e correu até a sala, havia esquecido até mesmo de jantar mas sua mãe fez questão de lembrá-la:

-Liz, você não jantou não é mesmo? Pretende sair com fome, mocinha?

- Quando eu chegar eu como algo, mamãe... não estou com muita fome mesmo. Respondeu Liz timidamente.

Renato sentiu que deveria convidar a mesma para fazer um lanche após a programação na igreja, então ousou em pedir:

- Se a senhora me permitisse, gostaria de levar a sua filha para comer algo comigo depois... afinal, também não jantei!

A srª Sanny com um sorriso de satisfação já estava pronta para responder o rapaz que lhe pareceu tão bem educado e generoso quando foi interruptamente barrada por Marcos que passou a frente:

- Não acho conveniente! Liz ainda é muito nova, você sabe... Não acho adequado está por aí até mais tarde.

- Claro! Me desculpe... quem sabe numa próxima mais cedo? Falou com uma voz frustrada o moço.

O mesmo saiu de cabeça baixa ao lado de Liz que se sentia tão mal quanto. Mas assim que viraram a esquina, tudo mudou. As conversas surgiram, as risadas espontâneas também e sobretudo o toque de ambas as mãos.

Chegando a igreja, Liz se sentia muito tímida, era a primeira vez que ela visitava um espaço religioso. Na sua família sempre falaram de Deus pra ela, mas não era algo tão presente nem levado tão a sério. O Nome de Deus ou Jesus eram usados mais por forças de expressões ou por ocasionalidades. Então a mesma não sabia o que fazer naquele ambiente.

Passado momentos de louvores, leituras bíblicas, reflexões... todos se ajoelharam, e Liz foi convidada à fazer o mesmo por Renato que sussurrou em seu ouvido:

- Vamos lá, ajoelhe-se e ore comigo... é só você dizer tudo o que sente para o Senhor! Ele vai te escutar e agir em sua vida!


Liz estava com muita vergonha, viu que Renato já estava se ajoelhando mas sentiu suas pernas travarem... ela queria fazer aquilo, mas algo a impedia, então Liz suspirou, passou a mão na cabeça e...

Continua...

Amor em Declínio- XI Capítulo


 XI Capítulo



Por meio minuto a cozinha silenciou, e tomados pelo susto da pergunta do vovô,  reperguntaram Liz, Marcos e Srª Sanny todos aos mesmo tempo:

- O quê?

E o vovô que já andava desconfiado das atitudes de Marcos, reafirmou a pergunta em alto tom:

-Essa aproximação de Marcos por trás de Liz, Sanny!

Então prontamente Srª Sanny respondeu enquanto Marcos estava totalmente perdido e Liz desconfiada arrumando sua roupa.

- Ah, papai... o Marcos está auxiliando Liz a preparar o jantar. Esqueceu do que havíamos combinado mais cedo? Srª Sanny ria ironiamente.

O vovô se perdeu nas palavras que iria dizer quando Marcos afirmou:
- Eu estava apenas ensinando a Liz como cortar verduras de maneira mais simples, antes que uma catástrofe acontecesse.

A srª Sanny ria assoberbadamente, até Marcos terminar:

- O que se passava em sua mente, vovô?

Srº Dálio não deu importância para a pergunta de Marcos dando a entender que ainda não se sentia convencido, então resolveu ouvir sua neta perguntando-lhe:

- Isso é verdade, Liz?

A garota fragilizada não tinha como falar a verdade então confirmou o que Marcos havia dito.
E assim todos deixaram a cozinha com uma última frase da srª Sanny que completamente iludida, ironizou:

- Depois que chegamos a certa idade, desconfiamos de tudo e todos. O papai já está caducando. Completou com mais risos.

Liz não imaginou que pudesse viver tantas coisas ruins na sua vida como as que estava passando. Olhava ao redor e não encontrava ninguém pelo qual pudesse ajudá-la, se sentia vazia, isolada e sem sentido. Não sabia ela a verdadeira essência do coração humano.
Até que seu celular tocou... o número dele ainda não estava salvo com o devido nome mas ela sabia que era o Renato. Marcos como sempre, adiantado, perguntou se a mesma não iria atender.

Então assim o fez:

- Oi, Renato! Tudo bem?

- Oi, Liz! Como é bom poder ouvir sua voz de novo! Gostaria de lhe fazer um convite! Sei que é meio em cima da hora, mas preciso saber se você aceita ir à igreja comigo. Se você aceitar, passo em sua casa em uma hora. E aí?

Liz só fazia rir enquanto Renato falava. Nem pensou, respondeu sim!

Estava pronta para ter horas agradáveis com quem sua alma ultimamente se sentia ultimamente e unicamente em paz e em pleno alívio.  

Continua...

Amor em Declínio- X Capítulo


X Capítulo



- Me poupe de seus comentários sem fundamentos, Marcos. Você não sabe o que está falando! Retrucou Liz olhando friamente para Marcos.

O mesmo sem mais argumentos virou-se em direção à sala onde estava toda a família de Liz numa reunião que definiria o jantar da noite e quem o prepararia. A mãe de Liz que estava mais carente do que o normal, sugeriu que Marcos e Liz preparassem juntos com a companhia da mesma que momentaneamente não conseguia enxergar, mas poderia dar algum auxilio tirando as dúvidas culinárias.

Liz não se atreveu a contrariá-la já que estava fazendo o possível para agradá-la devido o seu estado de recuperação. E ali estava definido mais algumas horas desagradáveis ao lado do pior homem do mundo para Liz.

Chegando a noitinha o trio se reuniu para cumprir o combinado.

- É tão bom esse momento em família, me sinto realizado em poder fazer essas atividades ao lados desses dois amores de mulheres. Ironizou Marcos olhando sarcasticamente para Liz.

A mesma o ignorou e continuou a cortas as verduras com um tanto de dificuldade pelo fato da faca não está colaborando muito. Mas a sua mãe estava com uma expressão um tanto satisfeita, e aquilo a deixava inexplicavelmente feliz.

Até que sentiu uma mão deslizar por dentro da sua blusa, acariciando-a de uma maneira tão pesada e fria. Liz não acreditou na ousadia do Marcos que tinha prazer em abusá-la mesmo na presença de sua mãe cega. Sem poder fazer nenhum barulho para que a mesma pudesse desconfiar, Liz era obrigada a aguentar aquela situação com lágrimas escorrendo pelos olhos. Enquanto Marcos conversava normalmente com a srª Sanny, dando a entender que estava se dedicando totalmente às suas dicas e  recomendações.

Quando foi surpreendido pelo Srº Dálio, que já desconfiado há um tempo, pronunciou alto e em tom ignorante:


- Mas o que é isso que está acontecendo?

Continua próxima semana...

Amor em Declínio- IX Capítulo

IX Capítulo


Ao amanhecer, Liz acordou tão bem quanto o normal, se produziu como de costume para ir ao colégio, cumprimentou todos que estavam tomando café, driblou os comentários sarcásticos do  Marcos, beijou carinhosamente sua mãe e seus avós e saiu...

Chegando na porta de sua sala, deparou-se com Renato, parecia que o mesmo já a aguardava, então Liz sorridente pronunciou:

-Bom dia, Renato! Parece tão comum te encontrar agora...

- Talvez seja pelo fato de eu fazer questão de estar cada vez mais presente na sua vida. Respondeu o rapaz.

Liz não acreditou no que ouvia, estava encantada pelos gestos cada vez mais nobres do Renato. Foram interrompidos pela campainha do colégio que anunciava a hora de começar os estudos. Porém, no intervalo passaram o tempo todo juntos. Liz confiava cada vez mais no rapaz que parecia entendê-la muito bem, só não ousava falar sobre Marcos, na verdade ela nem tocava no nome dele.

Na volta pra casa, Renato fez questão de acompanhá-la o que deixou Liz muito feliz e curiosa.

- Renato, onde você mora? É perto daqui? ... e sua família, você pouco me falou de seus pais.

Renato ficou sem saber explicar onde morava, mas mesmo com muita dificuldade, demonstrou ser muito perto da casa de Liz, e por sinal, o caminho de ambos era o mesmo. O rapaz também não falou sobre sua família, fingiu não ter ouvido, se perdendo na primeira pergunta.

- Então vamos passar por lá? Que bom descobrir que moramos tão perto. Falou Liz radiante.

- Mas você sabia que conheço um atalho bem melhor para chegar em sua casa? Vamos, irei te mostrar!!! Falou Renato tentando desviar-se de sua casa, pegando prontamente nas mãos de Liz.

A mocinha ficou tão encantada por sentir o calor das mãos do Renato que mal pôde associar algo desconfiável por ele não querer apresentar sua rua e sua casa.

Chegando na rua da casa de Liz, ambos avistaram Marcos que estava saindo do carro auxiliando D. Sanny. O que fez Liz despedir-se do rapaz apressadamente na esquina mesmo, para não causar conflitos. Deu uma desculpa um tanto esfarrapada  e soltou a mão dele com muita dor no coração... pois nunca tinha se sentido tão bem.

Ao chegar em casa, Marcos a surpreendeu. Em um momento de distração, sussurrou no ouvido de Liz:

- Estou de olho em você e nesse rapaz que está se aproximando. Acho bom colocar um ponto final nesse “namorico”antes que eu faça coisas inimagináveis com você ou até mesmo com a sua família

Continua...

Amor em Declínio- VIII Capítulo


VIII Capítulo




Sr. Dálio desencorajou-se ao ouvir chamados da sua filha Sanny vindo de seu quarto. A mesma estava incomodada com as queimaduras em seu rosto e sentia falta do Marcos que já fazia alguns minutos que estava ausente.
Então o avô de Liz estava à caminho de ver o que a sr.Sanny estava precisando quando se deparou com Marcos saindo do quarto de sua neta juntamente com a mesma, assustados e ofegantes, preocupados também com o que a srª. Sanny poderia estar precisando.

- Mas o que é isso? O que você estava fazendo no quarto de Liz uma hora dessas Marcos? Perguntou o vovô desconfiado.

Ambos tentaram responder juntos com pressa de dar alguma desculpa mas Marcos deu prioridade à Liz que sobressaiu-se.

- O Marcos me ouviu chorando vovô, então veio ver o que estava acontecendo e foi muito gentil me aconselhando com algumas palavras. Respondeu Liz acanhada sem conseguir olhar nos olhos do seu avô.

Sr. Dálio muito esperto não se contentou com a resposta da neta e prometeu para si mesmo permanecer com os olhos abertos.

Indo todos ao encontro da Sr. Sanny, viram que esta estava relativamente bem, recolhendo-se em seguida cada qual em seus quartos.

Liz estava vivendo um pesado pelo qual desejava acordar rapidamente, mas se encontrava presa nos seus próprios porões pessoais, acorrentada pelos seus medos,  refém de seus pensamentos e limitada pela covardia. Imaginava se todas as pessoas viviam situações parecidas, se cada uma carregava consigo um dilema que poderia ser capaz de definir o caminho de suas vidas, porém, com a diferença de que muitos se tornavam escravos destas mesmas enquanto outros se tornavam coronéis meliantes de outros.
Enquanto a mocinha viajava em suas emoções e sentimentos em detrimento de sua imaginação, ouviu seu celular tocar... Nele contia a seguinte mensagem:
Oi. Você está aí? Queria te desejar uma ótima noite. Em meio a minha insônia me encontrei com você no meu pensamento, espero poder encontrar-me também pessoalmente com você em breve.
Ass. Renato.

Os olhos de Liz brilhavam e pela primeira vez desde que sua vida passou a ser uma catástrofe, foi dormir com esperança de sonhar com alguém e algo bom. Era os sintomas do amor que se confundiam em seu coração em meio a tantos outros sentimentos degeneráveis. Liz aprendia a usar seu coração gradativamente, este tão pequenino se tornara grande para tantas emoções e exigia um certo compartilhamento com a razão. Era difícil manter essa ligação, mas algo mais forte a movia, lhe permitia saber como agir e continuar vivendo, era o amor.

Amor em Declínio- VII Capítulo


VII Capítulo


O rosto da mãe de Liz penetrava devido à uma loção anti-rugas. A vaidosa mulher não se deu conta dos componentes pelos quais eram alérgica, por conta disso, estava com a pele irreconhecível. Então logo foi socorrida pelo Marcos que a levou às pressas para o hospital mais próximo. Enquanto isso, Liz orava juntamente com seus avós para que essa fase tão conturbada na vida de sua família tivesse logo um ponto final.

Eram duas horas da manhã quando chegaram frustrados Marcos e a mãe de Liz, pois acabara de receber a notícia de que o rosto da srª Sanny jamais voltaria a ser como antes, pois sua pele estava intoxicada e não tinha precedentes de uma recuperação sem que a mesma fosse restaurada de forma mais fina. Srª Sanny Depressiva, recolheu-se logo, ameaçando tirar a própria vida assim que tivesse coragem.

-Pelo amor de Deus, não pense nem fale isso mamãe! Os médicos não são os donos da razão... eu acredito na restauração da sua pele. Tentou amenizar Liz com algumas lágrimas nos olhos.

- Liz tem razão, meu amor... vamos todos descansar e deixar que o tempo faça seu trabalho. Eu estou aqui com você! Afirmou Marcos abraçando a esposa carinhosamente.

Ainda sem acreditar no que havia acontecido, foram todos para seus devidos quartos... exceto Marcos, que mal esperou a mãe de Liz descansar, para retornar ao quarto da moça, que mesmo trancada, se sentia obrigada a abrir a porta.

- O que você quer aqui? Será que sua alma é tão fria que não tem um pingo de sensibilidade? Você não pode deixar a minha mãe sozinha naquele estado. Falou Liz abismada.

- Ela já está dormindo... Terminei meu trabalho com ela. Agora vim terminar minha parte aqui! Retrucou Marcos.

- Por favor, vá embora!!! Implorou Liz com a cabeça do lado de fora da porta e o corpo dentro do quarto,  ameaçando sempre fechá-la.

Mas foi inevitável. Marcos estava viciado em abusar do corpo da pobre moça. Era cada vez mais brusco e frio.

O avô de Liz que já estava desconfiado, transitava pelo corredor dos quartos quando ouviu barulhos estranhos vindo do quarto de Liz. Em passos leves, se aproximou da fechadura da porta para tentar espionar algo, mas percebeu que a chave ocupava todo o espaço. Então se prontificou a pegar na maçaneta e ver o que de fato estava acontecendo.

Continua...

Amor em Declínio- VI Capítulo

VI Capítulo




Liz ignorou a pronuncia do Marcos, que logo se colocou em posição silenciosa.

Então foram todos para casa seguindo um caminho pelo qual não sabiam o que lhe esperavam assim que chegassem ao destino a não ser a certeza de muitas surpresas.

Assim que atravessaram a porta principal, a avó de Liz que ainda se encontrava um tanto debilitada, passou a mão no rosto da neta seguido de lágrimas no rosto e disse:

- Por pouco não saio dessa, minha netinha querida... porém não sei se escaparei da próxima.

Aos prantos Liz discordou:
- Não fale besteira vovó! A senhora ainda irá viver muito...

Marcos mais uma vez tomou à frente da conversa de ambas tentando ser consolador:
- Vamos deixar disso, meninas...o que importa é o agora.Vamos entrar logo e desfrutar desse momento único.

Todos entraram e mais uma vez a noite se aproximava, era um dos maiores receios de Liz desde que Marcos passou compartilhar delas naquela casa.

Em um  momento de paz em seu quarto, se passou na mente de Liz seu amigo Renato, que havia conhecido nos últimos dias, mas que mal teve tempo para conhecê-lo melhor, mesmo sendo tão presente ultimamente. Então resolveu procurá-lo em sua rede social, o que levou menos de um minuto para encontrá-lo já que o mesmo estava inserido no grupo da escola. Liz encheu os olhos vendo as fotos do rapaz que parecia ser muito inteligente, cristão e prendado. Então Liz resolveu deixar-lhe uma mensagem se redimindo por não ter tido tempo de conhecer-lo melhor além de perguntar sobre a última ligação que caiu misteriosamente. Bastou Liz acabar de enviar a mensagem para aparecer Marcos em seu quarto, este que já havia observado a moça por um tempo naquele momento, então retrucou:

- Está apaixonada Liz?

Liz assustada largou prontamente o mouse e com a voz falha respondeu:
- Não, não... do que você está falando?

- Não? E quem é esse rapaz que faz horas que você admira suas fotos? Você não pode esconder mais nada de mim, mocinha... e por isso, irei lhe castigar, venha cá! Falou sarcasticamente Marcos.

- Não, eu lhe suplico! Implorou Liz enquanto se afastava para o canto do quarto.

Nesse mesmo instante apareceu o avô de Liz que de imediato chamou a neta:
- Querida, venha com o vovô! Temos muito o que conversar...

Marcos extasiou. Sentia que sr. Dálio desconfiava de algo, então completou a ordem dele:
- Nessa idade há muito o que conversar mesmo, vovô...

Por que diz isso, Marcos? Por acaso sabe de algo que não estou inteirado sobre a minha neta? Questionou o sr. Dálio.

Marcos estava pronto para inventar mais uma de suas desculpas quando se ouviu a mãe de Liz gritando desesperadamente da cozinha:

- SOOCORROOOOO, POR FAVOR ME AJUDEM!!! 

Amor em declínio - V Capítulo

V Capítulo





- Vocês ficaram mudos? Andem! Digam logo o que aconteceu com a minha velha... o que eu não estou sabendo? Retrucou o avô de Liz.

Ambos respiraram aliviados temendo que o sr. Dálio tivesse ouvido de fato a conversa comprometedora. Então Liz tomou a frente e corrigiu:

- A vovó continua no mesmo estado, vovô. Não sabemos mais nada desde que ela saiu por aquela porta.

O avô ainda desconfiado se conformou olhando fixamente para o Marcos que nitidamente encabulado, desviou o olhar.

Passaram-se dois dias e todos permaneciam no hospital à espera da melhora da avó de Liz, que já se encontrava em um quadro melhor, mas que exigia uma atenção preliminar a todo momento. Liz estava cansada e aflita assim como os demais, não dormia e nem comia direito se sentia cada vez mais desnorteada lhe dando com tantos problemas desde que sua mãe chegou.

Naquele mesmo dia, Liz recebeu uma ligação de um número desconhecido que ao atender o telefone surpreendeu-se com a voz já ouvida antes:

- Por onde anda essa moça tão distraída? Já lhe procuro há dias no colégio mas nem seus amigos sabem responder por onde de fato você anda. Simpatizou Renato.

- Oi! ...Deixa eu me lembrar do seu nome... Liz deu uma grande pausa.

- Renato! O rapaz que vive salvando seus cadernos de serem perdidos! Foi através de um deles que consegui seus dados de contato. Você o esqueceu quando saiu correndo da sala naquele dia. Está tudo bem? Quando posso te devolver?

Liz estava tão surpresa com tamanha prestatividade que quando se preparou para responde-lhe à altura, ouviu gritarias no telefone e muito desespero e logo em seguida Renato havia desligado, não fazia mais parte daquela chamada. Liz ainda tentou retorná-lo mas aquela linha já havia sido desativada. Alí estava mais uma preocupação para Liz que ansiava mais que tudo desta vez, reencontrar seu novo amigo. Até que sua mãe saiu eufórica após uma conversa com um dos médicos de sua avó e anunciou com clareza:

- Vamos para casa! A mamãe recebeu alta... vamos cuidar direitinho dela em nosso lar!

Todos comemoraram e principalmente Liz, até Marcos interromper sua alegria acrescentando à fala da mãe:

- A vovó será muito bem cuidada, assim como todos vocês, que estão exaustos de dias tão difíceis... farei questão de cuidar de cada um devidamente como merecem, com muita atenciosidade. Você não acha Digno Liz?



Continua... 

Amor em declínio - IV Capítulo

IV Capítulo



- Não! Você não ouviu a professora dizer que a nossa turma participaria da aula de vocês hoje? Sou do último ano. Estamos na experiência de classe... eu quero ser professor!
Disse Renato, rapaz de 17 anos que já estava prestes a concluir os estudos no mesmo colégio de Liz.
- Me perdoe a distração! Hoje não é um dos meus melhores dias. Mas fico feliz por você... Respondeu Liz não muito empolgada.
- Quer conversar? Se ofereceu Renato tentando ser prestativo.
-Obrigada, mas certas coisas não dá para compartilhar com ninguém! Cortou Liz.
Em meio ao final da frase de Liz, se ouviu do canto da sala lotada uma voz ansiosa e estremecida que comunicava à Liz que sua mãe a esperava na porta do colégio, pois sua avó acabara de passar mal e estava em estado grave no hospital.
Não houve demora, Liz saiu correndo da sala e nem se quer despediu-se do simpático Renato. Estava extasiada sem saber que rumo tomara a sua vida.
- O que houve mamãe? Cadê a vovó? Murmurou Liz muito espantada.
- Calma, querida. Ela já está sendo medicada... tomamos um susto pouco tempo após você sair de casa, talvez tenha sido a pressão que oscilou novamente. Ela ficou incomunicável e gelada. Disse a mãe de Liz tentando contar a situação com cautela para não assustar ainda mais sua filha.
Por um momento se passou na cabeça de Liz que o Marcos poderia ter feito algum mal à sua avó, afinal, era muita coincidência o fato ocorrido após uma ameaça à sua família. Mas por está guardando sigilo este pensamento foi logo descartado mas não hesitou em perguntar:
- E o Marcos mamãe?
- O que tem ele? Retrucou a mãe de Liz que se esforçava para concentrar-se no volante.
- Onde ele se encontra agora? Persistiu Liz.
- Está tomando a frente das burocracias hospitalar... ele é o mais indicado para isso neste momento. Você sabe o quão sou desajeitada. Preferi buscá-la! Respondeu srª Sanny.
Ao chegarem no hospital, Liz se deparou com o malfeitor, o Marcos, seu avô e por força da ocasião com sua avó que era encaminhada às pressas para o outro bloco do hospital, consequentemente para  emergência o que abalou ainda mais o emocional da família que presenciava aquela cena.
Liz correu para alcançar a sua avó e ainda conseguiu tocar em sua mão para avisar que estava ali, mas logo foi impedida pelo Marcos que a puxou pelo braço acolhendo-a em seguida em seu abraço, o que fez Liz tomar uma atitude inesperada, gritando:
- Me solta, hipócrita!
- O que é isso, Liz? Porque você está tratando o Marcos assim? Disse a mãe de Liz eufórica com a atitude da filha.
- Calma, Sanny! Tenho certeza que não foi porque ela quis, não é mesmo Liz? A coitada está muito abalada por ver sua avó nesse estado. Amenizou Marcos.
- Verdade, mamãe... não é fácil para mim! Me perdoe Marcos... Disse Liz completamente arrependida remetendo às ameaças de Marcos mais cedo.
Cinco minutos depois, a mãe de Liz havia saído atrás de um remédio para acalmar os nervos. Quando Marcos aproveitou a ocasião para alertar Liz em um tom baixo:
- Essa foi por pouco! Da próxima vez não irei lhe encobrir. Você vai ter que arcar com as consequências!
O que ele havia esquecido foi que o avô de Liz estava logo ali do lado sentado, fingindo-se sonolento e acabara de ouvir tudo o que Marcos tinha orientado à moça. Então perguntou desconfiado e com a voz falhando:
- O que está acontecendo?
Ambos olharam surpresos e completamente sem reação.

Continua...

Amor em Declínio- III Capítulo




Após um longo suspiro de tédio partindo de Marcos insinuando a lentidão da compreensão de Liz, o mesmo expressou:

-Esqueça, Liz. Boa noite, querida!

Saindo da conversa desnorteada, Liz esqueceu de que estava à caminho do quarto do avô para tirar sua maquiagem no melhor espelho da casa, então se direcionou novamente ao seu quarto onde se pegou pensativa e com uma dose incomparável de receios.

Eram mais ou menos onze e cinquenta da noite, a casa estava parcialmente escura, exceto pela luz que iluminava o corredor dos quartos, o silêncio era predominante até  a porta do quarto de Liz se abrir com um leve ruído. Liz dormia tranquilamente quando sentiu dedos gelados escorregar pelo seu corpo tão rapidamente como se estivesse sempre a procura de tê-lo por completo nas mãos, um sussurro grosso se estendia e se tornava cada vez mais alto à altura de seus ouvidos. Quando Liz se deu conta de que realmente estava vivendo aquela situação preparava as cordas vocais para gritar quando essa mesma mão que a alisava a deteu, tapando-lhe a boca e lhe encobrindo de qualquer reação ou movimento, lhe usando, submetendo-a à atos que não acometia seu corpo travado e infantil e sobretudo lhe tornando mais uma vítima das mais perversas barbaridades de um abuso sexual.

Dando a entender que aquela noite obscura parecia findar-se, uma atitude ainda mais aterrorizante para Liz se sucedeu, era Marcos que sussurrava em seu ouvido esquerdo:

- Que tudo se mantenha em segredo! Você não sabe quem eu sou nem de onde eu vim, não me conhece... e sua família, principalmente a sua “amada” mamãe está em minhas mãos!   

Liz já não era mais a mesma, se sentia impura, incapaz, insegura, se questionava o tempo todo a capacidade do ser humano e sua existência no mundo, chorou até o restante da noite acabar... viu amanhecer... criou forças e se aprontou para ir ao colégio antes de todos despertarem. Escreveu um bilhete murmurando de dores em seu corpo e na alma. Nele dizia:

- Precisei chegar à escola cedo por conta de um trabalho em grupo. Me desculpem não ter avisado antes.

A família de Liz questionou a atitude da mesma mas não estranharam por se tratar de uma menina dedicada e sempre muito correta.

Liz estava na aula de português com sua professora preferida, mas nesse dia parecia estar em outro mundo, não ouvia nem via ninguém, apenas assistia a cena da noite anterior que não sumia da sua cabeça. O transtorno se tornou notório quando uma outra mão que segurava seu ombro a fez tomar um susto incomparável.

- Calma! Só queria dizer que seu caderno está no chão... Disse um rapaz que a observava já há alguns minutos.

Liz aliviada respondeu:

- Muito obrigada! Nem tinha percebido... mas, quem é você que nunca o vi em nossa turma? Novato? 

Continua...

Amor em Declínio - II Capítulo



Um segundo de silêncio tomou conta do ambiente como se fosse um minuto. A mãe de Liz a olhou assustada por ver sua filha presenciando uma discussão entre ela e seu mais novo parceiro, Carlos. Ambos desceram do carro desconfiados e sem muito clima. A mãe de Liz, Sr.ª Sanny, passou a mão na cabeça da filha juntamente com o vestido contemplando-o e dizendo:
- Meu amor... como você cresceu! Faz três meses longe uma da outra que mais pareceram um século. Que moça linda eu tenho!
Liz muito feliz ao ouvir o comentário da mãe, esqueceu rapidamente a cena anterior puxando-a pelo braço para dentro de casa.
Srª Sanny interrompendo-a ressaltou:
- Calma Liz! Você não está esquecendo nada? Que educação é essa que seus avós estão te dando? Deixe eu lhe apresentar o Carlos!
- Quem é? Disse Liz com uma voz cheia de interesse por ter sido repreendida pela mãe.
- Ele é o meu namorado! Estamos juntos há alguns meses. Ele se chama Carlos... Estava louco para te conhecer. Falou a mãe toda empolgada.
Carlos em seguida apresentou-se com muita delicadeza e boa educação:
- Prazer, Liz! Sua mãe não exagerou quando disse que tinha uma filha muito bonita!
Em seguida todos entraram e as apresentações se repetiram para os avós de Liz que logo se agradaram do Srº Carlos, homem fino que parecia ser bem mais do que a própria mãe de Liz merecia, por ser uma mulher tão desajeitada na vida e cheia de pontos negativos.
Após o almoço, resolveram todos dá uma volta na cidade para comprar uma sobremesa e comemorar o dia de Liz. E assim o fizeram. Passaram na soverteria e tomaram os melhores sorvetes, até os avós de Liz estavam aproveitando o dia na companhia de alguém tão agradável como o Carlos, que tinha um humor muito aguçado, e as melhores histórias de viagens do seu doutorado. A mãe de Liz ficava encantada e pouco dava importância para as novidades da filha, que inocente também não dava relevância à isso.
O dia seria finalizado no parque de diversões que estava momentaneamente instalado na cidade. Liz não era uma menina muito corajosa para andar nos brinquedos mais adequados para a sua idade, mas Carlos a tinha convencido de que não havia perigo e que seria divertido, sem falar que marcaria uma data tão especial.
- Liz, não se preocupe, eu vou ser o seu fiel protetor!!! Disse o Srº Carlos com uma voz dando ênfase a um super-herói.
- Obrigada, Srº Carlos! É muita gentileza. Expressou Liz.
A mãe de Liz que também não era muito corajosa. Fez questão de acompanhá-los em todos os brinquedos com intuito de mostrar total parceria ao amado. Mesmo com os argumentos de Carlos de que deveria esperar com os avós de Liz para não deixá-los sozinhos.
Após se divertirem mais do que planejado, o dia chegou ao fim... E cansados, mas satisfeitos, foram todos para casa. Após jantarem as sobras do almoço cada um se direcionou aos seus quartos. Liz que após o banho havia esquecido de tirar a maquiagem que a fez levar metade de uma manhã para fazer. Ela se dirigia ao espelho que ficava no quarto dos seus avós quando tomou um susto ao se encontrar com Carlos no corredor do primeiro andar no acender das luzes.
- Calma, Liz... Sou eu! Falou Carlos com uma voz baixinha para não assustar os demais.
- O que você está fazendo no escuro? Disse Liz desconfiada.
- Estava procurando onde acender a luz! Ainda estou me adaptando e errando a porta do banheiro. Retrucou Carlos rindo muito.
Os dois riram da situação e Carlos aproveitou o momento de descontração para acrescentar:
- Gostei muito de conhecer uma moça tão educada como você, Liz. Sinto que você é a sustentação dessa família e é fato que o destino a partir de hoje lhe reservará muitas surpresas. E talvez as de um dia como o de hoje, que marca uma fase mais madura pra você ainda não tenham terminado!
- O que você quer dizer com isso? Eu vou ter mais surpresas hoje? De quem? Disse Liz sem entender quase nada do que Carlos havia dito, exceto a parte que envolvia “SURPRESAS”.

Continua próxima quarta... 
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