Amor em declínio - IV Capítulo
IV
Capítulo
- Não! Você não ouviu a
professora dizer que a nossa turma participaria da aula de vocês hoje? Sou do
último ano. Estamos na experiência de classe... eu quero ser professor!
Disse Renato, rapaz de 17 anos
que já estava prestes a concluir os estudos no mesmo colégio de Liz.
- Me perdoe a distração! Hoje não
é um dos meus melhores dias. Mas fico feliz por você... Respondeu Liz não muito
empolgada.
- Quer conversar? Se ofereceu
Renato tentando ser prestativo.
-Obrigada, mas certas coisas não
dá para compartilhar com ninguém! Cortou Liz.
Em meio ao final da frase de Liz,
se ouviu do canto da sala lotada uma voz ansiosa e estremecida que comunicava à
Liz que sua mãe a esperava na porta do colégio, pois sua avó acabara de passar
mal e estava em estado grave no hospital.
Não houve demora, Liz saiu
correndo da sala e nem se quer despediu-se do simpático Renato. Estava
extasiada sem saber que rumo tomara a sua vida.
- O que houve mamãe? Cadê a vovó?
Murmurou Liz muito espantada.
- Calma, querida. Ela já está
sendo medicada... tomamos um susto pouco tempo após você sair de casa, talvez
tenha sido a pressão que oscilou novamente. Ela ficou incomunicável e gelada.
Disse a mãe de Liz tentando contar a situação com cautela para não assustar
ainda mais sua filha.
Por um momento se passou na
cabeça de Liz que o Marcos poderia ter feito algum mal à sua avó, afinal, era
muita coincidência o fato ocorrido após uma ameaça à sua família. Mas por está
guardando sigilo este pensamento foi logo descartado mas não hesitou em
perguntar:
- E o Marcos mamãe?
- O que tem ele? Retrucou a mãe
de Liz que se esforçava para concentrar-se no volante.
- Onde ele se encontra agora?
Persistiu Liz.
- Está tomando a frente das
burocracias hospitalar... ele é o mais indicado para isso neste momento. Você
sabe o quão sou desajeitada. Preferi buscá-la! Respondeu srª Sanny.
Ao chegarem no hospital, Liz se
deparou com o malfeitor, o Marcos, seu avô e por força da ocasião com sua avó
que era encaminhada às pressas para o outro bloco do hospital, consequentemente
para emergência o que abalou ainda mais
o emocional da família que presenciava aquela cena.
Liz correu para alcançar a sua
avó e ainda conseguiu tocar em sua mão para avisar que estava ali, mas logo foi
impedida pelo Marcos que a puxou pelo braço acolhendo-a em seguida em seu
abraço, o que fez Liz tomar uma atitude inesperada, gritando:
- Me solta, hipócrita!
- O que é isso, Liz? Porque você
está tratando o Marcos assim? Disse a mãe de Liz eufórica com a atitude da
filha.
- Calma, Sanny! Tenho certeza que
não foi porque ela quis, não é mesmo Liz? A coitada está muito abalada por ver
sua avó nesse estado. Amenizou Marcos.
- Verdade, mamãe... não é fácil
para mim! Me perdoe Marcos... Disse Liz completamente arrependida remetendo às
ameaças de Marcos mais cedo.
Cinco minutos depois, a mãe de
Liz havia saído atrás de um remédio para acalmar os nervos. Quando Marcos
aproveitou a ocasião para alertar Liz em um tom baixo:
- Essa foi por pouco! Da próxima
vez não irei lhe encobrir. Você vai ter que arcar com as consequências!
O que ele havia esquecido foi que
o avô de Liz estava logo ali do lado sentado, fingindo-se sonolento e acabara
de ouvir tudo o que Marcos tinha orientado à moça. Então perguntou desconfiado
e com a voz falhando:
- O que está acontecendo?
Ambos olharam surpresos e
completamente sem reação.
Continua...
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